Nos idos destes séculos de dores nós sentimos uma atmosfera cada vez mais falsa ao nosso redor. O mundo não nos apresenta uma realidade sensível que tomamos parte com esforço e intelecção, ele é antes um todo disperso e falso resultado dum amontoado de retalhos que são anátemas da verdade absoluta. Devemos mesmo é nos perguntar se é possível nos sentirmos novamente bons, belos, justos e verdadeiros se tudo isso depende cada vez mais da cultura, do meio e da classe e não do acesso aos meios metafísicos de compreensão em que estão envoltos: Beleza, Verdade, Justiça e Bondade existem mesmo que não nos apercebamos e mesmo que no decorrer da história tenham existido sob diversas formas.
O marxismo é a cultura do século XX, perdoe o erro, não necessariamente cultura, mas uma contracultura, um parasita. Parasita é aquele que sobrevive de sugar elementos de seu hospedeiro e suicida na medida em que mata, isso é marxismo: agarrado a cultura ocidental suga dela seus centros nevrálgicos e tenta se construir como ser autônomo, como tal é impossível, se submete a ser sempre uma utopia revolucionária que é traída no momento que se realiza.
Como fato histórico o marxismo surge na decorrência dos atos revolucionários iluministas, é mesmo um filho delas com o positivismo, claro que somado a isso está sua profunda ligação com o satanismo. Que Marx era satanista não resta dúvida alguma, sua biografia é recheada de varias cenas de ritos e missas negras, é sabido até que sua aparência física mudou muito desde sua entrada no véu do demônio (para uma consulta mais funda procurar o livro Marx and Satan, ainda indisponível em português). Neste curto texto comparo suas filosofias caídas com o verdadeiro aparato espiritual exposto na tentação do deserto.
Nos evangelhos um relato que inicia a história de Deus é a tentação do deserto, Cristo é tentado pelo demônio nas três tentações mais profundas que cedemos: O pão, a força e o mistério.
Ao começo, Jesus é tentado por satã nos terrenos mais baixos. Pede que o Filho de Deus transforme as pedras em pão para saciar a fome de quarenta dias, Jesus responde que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra saída da boca de Deus”. Com isso Jesus faz o que toda a humanidade teme: atira-nos a responsabilidade pelo ser integralmente, não mais temos a desculpa de justificarmos pelas necessidades ou instintos, agora há uma Palavra que ordena e nos liberta do jugo natural, este ainda existe mas é submisso a vontade divina. Contudo o que diz o marxismo sobre tal? Ele inverte a lógica como o diabo fez: O homem tem necessidades e aquele que se priva delas esta justificado pela falta, assim um homem está justificado de um crime pelo fato daquilo ser decorrência de privações ou agressões que este sofreu anteriormente. Nenhuma liberdade de decisão é dada ao sujeito já que este compreende na medida em que o meio social permite e o crime mesmo não existe pois a moral (desapegada de suas bases teológicas) vira um acordo social pequeno-burguês . É a traição e deformação da alma no mais alto grau, somos resultado de fatores externos a nós ou nossa relação com Deus, que a isso se siga uma ditadura biologizante e psicologizante não se estranha. Quando o homem é reduzido ao meio e ao material ele é tratado como material. Claro que tem sido ignorado pelos cientistas culturalistas e pelos adoradores do deus genética que o homem existe para além de seu corpo e, portanto de sua rede social, basta lembrarmo-nos das inúmeras experiências extra corporais de pacientes que acompanharam procedimentos médicos feitos em si e em outros durante um coma ou um desmaio.
A segunda tentação é mais grave, Lúcifer leva Deus ao topo do templo e pede para ele Se jogar, afinal seus anjos O salvariam, como este responde que não se deve tentar a Deus, o Diabo vai à próxima. Não fica claro qual é o conceito de tentação mas ele esta relacionado ao mistério, se Jesus se jogasse ele causaria um mistério satânico no seio de Israel: na intervenção de Deus na tentação surgiria o ministério de um mago-negro, de um Deus invertido em demônio. Cristo sebe e recusa tal destino, aceitando o sacrifico previsto desde a fundação do mundo, como inverte Marx tal ordem? Ele enche-nos com um prato cheio de mistérios, expõe todas as tentações que ele próprio fez a Deus e dá como resultado que Deus não intervêm no sofrimento humano e portanto não existe, ou existe e não se importa. Deus não intervém no sofrimento humano? Pois o faz o tempo todo. Se Ele não o fizesse nos não suportaríamos a existência, se o fazemos ele nos concede e isso é dom. Para o marxismo ,no entanto, a existência caminha sob a forma de mudanças sociais entre classes diferentes. Não faça a pergunta óbvia: Se nós não somos diferentes naturalmente mas sim pela divisão do trabalho o que fez com que nos dividíssemos primariamente? O que motivou o primeiro grupo a ajuntar mais grãos que o outro e com isso liderar e explorar o povo? Nem Marx nem ninguém vai responder esta pergunta, ele é questão de fé. Todo o materialismo o é. Pergunte ao materialista o que é a matéria e ele entra em parafuso, se não existe espírito a matéria é o que permeia tudo e, por exemplo neste texto, toda a idéia apresentada tem de ser material. Isto nos leva a Epicuro, tudo é matéria só que matéria sutil. Ora então o próprio marxismo é matéria e pelas suas regras deve ser superado já que o germe da destruição se encontra nele, mas este não será superado pois é o fim da história já que não possui classes. Nova conclusão, a sociedade sem classes não se movimenta, então a primeira comunidade dos primeiros homens deve ter sido, sine qua nom, divididas por classes. Do contrario seria impossível ter havido história até aqui. De Lógica em lógica descobrimos que mais uma vez crer no materialismo histórico quando este não explica nada é uma crença que exige mais fé que qualquer outra religião, o Mistério dos Mistérios com nome bonitinho.
A terceira tentação é tão patente que vai ser um parágrafo bem sintético este, Deus recusa o poder de dominar como escravos os homens, prefere fazê-los filhos. O que faz Marx, bom essa fica para o coro de Cem milhões de mortos vitimas dos sistemas mais totalitários do mundo, e que não clame a voz inimiga dizendo que isto não é o comunismo clássico: é em gênero, número e morte! Marx preconizava o genocídio como um holocausto necessário a revolução, os que não se transformassem no movimento serão queimados no altar. Vale lembrar que holocausto é sacrificar algo a um deus, para qual vocês acham que estavam dedicados os sacrifícios do marxismo? Chuto no ângulo quando digo, Satã. Pois que este carregue Marx e sua patota para o inferno e que nos livremos de sua nefasta e venenosa presença na política, cultura e academia brasileiras.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
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