Poema para Ela (Lilian)

No peito pede a alma que me mata,
esconder teu vício sobre o ouro em mim
fala a alma neste peito que se abate,
Em sangue negro, suor e gim.
Ergue deste pulso delirante,
a chama rota de dileto ser
mata a miragem e o farsante
que deu-te água num oásis ao morrer

Queira a morte no final instante
honrar-me pérolas em meu leito final
A morte, que me aproxima, repete: foste o mal...

Possa Deus perdoar meu brio,
Embora fraco o carrego em mim,
Ver a Face Dele antes do estio,
Esperar a morte, o inferno enfim.

Rio, um prenúncio de novos sertões.

Nos idos anos do defunto século XX vimos uma sucessão de coisas graves acontecerem. Do cansaço das almas e inveja dos maus nasceu o marxismo, da coragem dos povos e esperteza dos vis nasceram as revoluções. Tudo seguiu seu curso e a história conta-se, Cronos cai e nada o para.
Hoje estamos diante de um fato que veio marcar a história, pelo menos das pessoas de boa política que se chocam as cinco ao ver Datena e tomar pingado, o Rio esta tomado pelo tráfico. Sim, você já ouviu esta frase cem vezes e sabia disso a dez anos, contudo meu bom cri-cri, não sabia que o tráfico é só um piolho que vai ser riscado a qualquer momento? Os parasitas mais sanguinolentos estão enrustidos em zonas mais escuras e sujas, enquanto não os enxergamos, coçamos e franzimo-nos.
Não é o tráfico que domina o rio mas uma revolução! sim cri-cri, pode galar esta frase no bar como um novo motor de sua cabeça-xerox. O Rio é um baronato em guerra no feudalismo da Internacional.
Recentemnte li um panfleto no site midiasemmascsara.com que fez meu coração semelhante ao seu cri-cri, mas por motivos outros: os comandos estão perfeitamente doutrinados em sua conduta. Esqueça o bandido esfomiado de lucro que descobre a receita do banquete no ilegal, pense num autoproclamado Robin-Hood da luta mantenedor da bocada. Essa é a imagem dos bandidos, a ideia de luta contra a classe rica uma vez que esta é a responsável pelos males dessa pobre gente.
Nem mefisto faz melhor, quando uma alma consegue justificar seus crimes com ganas de justiceiro moral o crime é absurdo e a justiça tirânica. Dalton morreu sob a sanha de Robespierre, Stalin velou seu camarada a mexicana, Judas vendeu Cristo. Se o cri-cri não consegue juntar os pontos deste texto confuso que lhe salve o dia-dia bem feitinho dos jornalecos: O problema do Rio é o tráfico, agora contudo algo buzina "não é assim", mas o cri-cri cala e diz, "assim diz a mídia e a academia..."
O que ocorrerá lá? Não sei...mas ouro serve para correr de mãos, e essa gente vai aproveitar o cansaço das almas pegadoras de ônibus e gerentes de escritório, lhes presenteará com uma nova missão, e transformará meu leitor de cri-cri em soldado, e eu nesta alquimia já estarei no paredão! Sob aplausos dos que antes me beijavam...